O “Catenaccio” italiano, o “Futebol Total” holandês ou o “Futebol Científico” da URSS são exemplos de maneiras de estar no futebol. São princípios, são…modelos de jogo. A crescente congregação de componentes que envolvem hoje em dia o futebol faz com que cada vez mais o esquema táctico seja – radicalizando – apenas o “boneco” da equipa. É insultuoso e redutor ouvir, semana após semana, jogo após jogo, um comentador basear a sua análise a uma equipa no desenho que aparece antes dos jogos no ecran, quando nos é revelada a provável disposição de uma equipa em campo.Fala-se muitas vezes na identidade de uma equipa, contudo esta não pode ser apenas identificada nos “homens” que a compõem. A identidade de uma equipa vê-se realmente nos princípios que aplica religiosamente em todos os jogos, independentemente dos intérpretes. Já o disse num post anterior, é quase impossível analisar com clareza a prestação de um jogador se não existir um modelo de jogo a partir do qual nos possamos guiar. Estatisticamente, um jogador completar 10 passes em 10 passes tentados é bom, contudo é necessário saber para onde esses passes devem ser feitos. Apenas se afigura justo comparar exibições de dois jogadores da mesma equipa, que ocupam a mesma posição, se levarmos em conta aquilo que o treinador pretende para aquele lugar.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário